terça-feira, 24 de abril de 2012

Planej. Viagem Atacama - Parte 2

São Paulo, 24 de Abril de 2012


Depois de muitas pesquisas na web, leitura de blogs, troca de email com amigos virtuais mais experientes.. e algumas "reuniões" regadas a vinho, chegamos a um bom esboço do nosso roteiro.

Nossa viagem também já ganhou datas... com saída prevista para 14 de Novembro de 2012 - véspera do feriado da República. Por enquanto vamos em dupla - apesar de serem vários os amigos que se animam com o projeto mas que não saem de cima do muro.

No total a idéia é percorrermos quase 9.000 km em cerca de 19 dias - sendo que no meio do caminho nossas esposas se juntarão ao nosso bando para atravessar a Cordilheira engarupada conosco até San Pedro de Atacama.

Vou resumir aqui os principais pontos de destaque do nosso percurso:


1 - Região de Salta / Cafayate:

Esta região fica no norte da Argentina, no pé da Cordilheira. É uma região vinícula linda, com várias estradinhas sinuosas com visual de cinema.

Nosso plano é encontrar com nossas esposas em Salta (elas viriam de avião) e rodar a região sem pressa uns 3 dias com pernoites em Salta, Cafayate e Purmamarca, rodando pequenas distâncias por dia. Seria uma boa forma delas se ambientarem gradativamente.



2 - Travessia da Cordilheira AR - CL pelo Paso de Jama:

Este trecho acredito ser um dos pontos altos do projeto dado visual raro das estradas sem fim e curvas infinitas no meio das montanhas.

Este é um local para ir sem pressa, tirando milhares de fotos com várias paradas. Me preocupa um pouco os males da altitude dado que chegaremos a mais de 4.000 com elas na garupa.



3 - San Pedro de Atacama

Outro ponto alto da viagem - paradeiro de vários aventureiros, mochileiros, jipeiros, motoqueiros e sonhadores em geral. Minha "imagem/expectativa" sobre este lugar é como um "São Thome das Letras do deserto".

Para quem não conhece, São Thome é uma cidadezinha pitoresca no Sul de Minas Gerais que já foi rota obrigatória para mochileiros e violeiros de todo Brasil. Acampei por lá milhões de vezes na década de 90. Mas hoje acho que este local já se perdeu ao longo do seu percurso.

Enfim, nossa ideia é ficar uns 2 a 3 dias curtindo o astral aventureiro de San Pedro e fazer alguns dos vários passeios da região. Por estas bandas deixaremos também nossas esposas no aeroporto mais próximo para que elas tomem o vôo de volta rumo a SP e a gente siga nossa empreitada "desgarupado" (existe isso?!). No total elas ficariam 7 dias conosco rodando algo em torno de 900km.


4 - Travessia da cordilheira CL - AR pelo Paso de Agua Negra:

Trecho já na perna de volta ao Brasil, do Chile para Argentina. Outro visual de cinema, sendo uma rota alternativa através da Cordilheira com 120km de estada de rípio e visual indescritível.

Me preocupa um pouco a pilotagem no rípio e o risco eminente de queda e também a possibilidade da estrada estar fechada dado nevascas. Vamos ver se a sorte nos visita.







5 - Volta para Brasil cruzando Argentina e Uruguai:

Ainda estamos estudando melhor este trecho buscando uma rota que fuja das estradas muito movimentadas e que passe por lugares legais.

O que temos por enquanto é um primeiro esboço desta perna.


6 - Demais trechos:

Por fim, os demais trechos tanto na ida quanto na volta são longas estradas, com relevos bonitos e variados, cruzando varias cidades e percorrendo longas distâncias com nossas cavalas.

Obviamente entre hoje e o dia da viagem é natural que ajustes venham a ser feitos, mas entendemos que esta é a "espinha dorsal" do nosso roteiro.



E aí.... vamos nessa ?


Esboço do Roteiro no google maps - cerca de 8.478 km rodados

domingo, 22 de abril de 2012

SP - Bertioga - Mogi - SP / com muita chuva!

São Paulo, 22 de Abril de 2012

Acordei cedo já espiando a janela na esperança de alguma sinal de sol, mas nada! A previsão do tempo acertou mesmo e São Pedro acordou muito mal humorado. Mesmo assim vesti minha bota, capa e calça de chuva (estilo motoboy) - e por volta das 7:30am já estava preparado para me lançar novamente na estrada.

Lembra que citei uns posts atrás que um amigo (Ricardo - mais conhecido como Richa) topou participar da viagem ao Atacama comigo ?! Pois então, ele pegou esta semana sua recém comprada BMW F 650GS 2008 e combinamos para hoje nossa estréia juntos. Nossa ideia era colocar as crianças na estrada para um bate-volta de 250km até Bertioga - como um pequeno ensaio da grande viagem que faremos. E óbvio que o tempo fechado não iria nos desviar do nosso plano, tamanha a secura e vontade de acelerar sem compromisso.

Debaixo de muita chuva nos lançamos cedo pela Rod. do Imigrantes para um rápido café da manhã no Frango Assado. Descemos a serra sob chuva e novoeiro e dobramos a esquerda rumo norte pela Rio-Santos. Paramos para um pipis e um lanche na pastelaria do trevo de Bertioga (parada obrigatória!) - comi fruta (para evitar ganhar +banha e não desviar do projeto saúde) - e ele como é magrelo, foi de pastel mesmo.

Nosso retorno se deu pela estrada que liga Bertioga - Mogi (bela estrada por sinal!) ainda sob chuva e nevoeiro, e depois pela Rod. Ayrton Senna. Às 12:30 pousamos em casa desestressados e com o contador zerado para iniciar a semana.

O passeio de hoje foi fraco de visual dado o tempo fechado, mas serviu sim como um grande treino para desmistificar um pouco a pilotagem sob chuva. Depois de quase 4 horas debaixo dágua me acostumei com o piso molhado e com a água na viseira e,  gradativamente fui substituindo o "medo" pelo respeito e atenção constante. Vim lento como uma caranguejola, é verdade, com velocidade cruzeiro abaixo dos 90km/h e mais lento ainda nas curvas buscando sempre manter a moto em pé. Afinal, tenho consciência de que uma simples desatenção ou deslize pode colocar por água abaixo meu propósito maior.

Confirmei também as impressões iniciais que tive sobre a trava de acelerador e o apoio de pé do protetor de cilindro (ambas da Motopoint). Gostei muito - me parecem itens fundamentais para grandes percursos agregando bastante conforto. Recomendo!

Por fim, um último comentário: a Cavala hoje bateu a casa dos 20.200km rodados. Estou com ela há menos de um mês e já rodei quase 2.000km entre estradas e cidade. Bacana. Estou avançando rápido no meu plano, acumulando "experiência" e aprendendo. Com quanto será que ela vamos chegar até a data da viagem ao Atacama ? Façam suas apostas...


Nosso primeiro treino juntos - como um pequeno aperitivo
para os 10.000 km que nos esperam


Parada na pastelaria do trevo de Bertioga. Desta vez, o point estava vazio.
Afinal, são poucos os aventureiros que topam sair do calor do edredom de domingo
de manhã para encarar uma estrada pesada com chuva e nevoeiro.

 
Os pés ficaram totalmente ensopados. Vamos precisar resolver este problema em
breve, com botas e calças mais adequadas.
Só de curiosidade, este pé ai é dele (do Richa) - já o meu é 44 bico largo.

 

Subida da Mogi-Bertioga. Gostei muito desta estrada.
Bonita, cheia de curvas, com bom asfalto.
Deve ser show em dia de sol.


Olha elas aí ! A dele - a F650GS eu considero (hoje) um dos melhores custo x benefício da BMW.
Bom motor, bom torque, boa estrutura, ABS - e já com um bom "deságio".
É como uma prima mais baixa da F800 GS. Bela Moto!


Parada para foto no alto da estrada - com vista para o nevoeiro.

Voltarei aqui em dia de sol.. hoje realmente São Pedro tá enjoado pacas!

terça-feira, 17 de abril de 2012

Projeto Saúde - Parte 1

São Paulo, 17 de Abril de 2012.

Hoje começa a parte mais difícil do meu projeto: perder peso e entrar em forma.

Vários de vocês - amigos leitores – talvez entendam que andar de moto nada tem a ver com saúde. Talvez vocês estejam certos.. por um lado. Mas por outro, talvez não. Tudo vai depender de qual seja o seu “projeto”.

No meu caso, a história que conto aqui neste blog é um pouco mais profunda do que simplesmente andar de moto... diz respeito à busca pelo equilíbrio de vida. E meu propósito é dividir com vocês todas as mudanças que estão ocorrendo comigo ao longo deste percurso e das novas possibilidades (e necessidades) que vem se abrindo a partir do momento que decidi andar de moto e me preparar para ir ao Atacama.

Este Projeto (Atacama) é como uma locomotiva que vem puxando vários vagões, cada um com seu propósito: um novo hobbie, novos lugares a conhecer, novas amizades, novo meio de transporte para o trabalho, vida mais saudável e por ai vai. Afinal, foi como falei alguns posts atrás... o planejamento e a preparação para a viagem é tão (ou mais) importante do que a viagem em si, não é mesmo?!

Fato é que hoje iniciei mais esta etapa. E dei o primeiro passo com uma consulta em um nutricionista... E o cara me abalou heim (desgraçado!!).

Depois de uma longa entrevista e várias medições de peso, altura, %gordura e por ai vai... Ele começou um tanto motivador: “Tenho uma boa e uma má notícia para você! A primeira, é que o caminho que você esta seguindo é caminho certo para uma morte precoce ou uma velhice cheia de problemas e doenças!”. Jesusss, me fudi! – pensei.

Antes que eu enfartasse na cadeira, ele continuou: “Já a boa notícia é que, no seu caso, bastam ajustes na sua alimentação e mudanças em hábitos do dia-a-dia que você pode rapidamente inverter esta tendência!”. Melhorou. Parece simples mas não é, afinal tratam-se de hábitos e gostos ha muito enraizados.

Várias reflexões começaram a pipocar na minha cabeça à medida que o tal médico foi me dando uma aula de nutrição e me explicando como funciona o metabolismo humano. “Como somos idiotas!!”, pensei.

São tantos os pequenos hábitos que temos no dia-a-dia, vários deles por simples ignorância – e que realmente fazem uma mega diferença para nossa vida a médio e longo prazo. É como um veleiro no oceano que com dois ou três graus para um lado ou para o outro em médio prazo vai parar na Europa ou na África. E muitas vezes somente nos damos conta do quanto erramos quando já estamos no final deste percurso - e aí... Já era!

Se você esta lendo este blog, com certeza é por que você se interessa por motos e (assim como eu) vira e mexe catuca o Google pra lá e prá cá em busca de mais notícias, melhores acessórios, peças e por ai vai. Somos tão disciplinados na lida com as nossas magrelas (mantendo as reviões em dia, pesquisando os melhores acessórios, detalhando os projetos de viagens, etc.) mas por outro lado não temos o mesmo cuidado ou curiosidade para aprender a tratar da nossa velha carcaça, não é mesmo ?!

Fato é que o cara falou um monte e, apesar deste blog não ser sobre nutrição, vou dividir com vocês algumas pequenas dicas podem ser facilmente implementadas por qualquer um que tenha o mínimo de força de vontade (e me perdoem se estou fugindo do enredo central deste blog):

- Nosso corpo tem um alarme que toca sempre que a glicose diminui.. (é o alarme da fome!). E quando isso acontece o organismo ta dizendo pro bicho homem: “coma tudo que você puder.. rápido! ..pois ficaremos sem comida!!” E ai.. vamos ansiosos pro almoço, famintos, comer como louco além do necessário e a consequência é uma só: + banha. Afinal, o organismo transforma somente uma pequena parte da comida em energia, acumula uma boa parte como gordura e o resto vira bosta. Assim é a vida. rss. Logo, regra básica: mantenha alarme da fome desarmado comendo várias pequenas porções ao longo do dia (6, 7 ...até 8 vezes).

- Regra simples: barriga cheia é diferente de corpo nutrido. Busque entender a importância de cada alimento, buscando entender a melhor forma de você ter uma alimentação completa pelo ponto de vista dos nutrientes e vitaminas (sou calouro neste capítulo!)

- Almoço/jantar = pequena porção carboidrato + peq porção proteína + salada a vontade

- Refeições intermediárias: frutas, sucos, iogurtes desnatados, são sempre bem vindos

- Arroz, só integral. Café, sem açúcar.

- Pão, só integral. Manteiga.. jogue fora. Troque por requeijão.

- Fritura, nunca mais. Jesus.. e minhas batatas fritas? É to fundido!

- Sobre pipoca, amendoim e cerveja - itens básicos para acompanhar meu Vascão - fiquei com medo de perguntar - apesar de que a resposta é óbvia :(((

Enfim, acho melhor parar por aqui, pois já ta me dando fome, depressão e arrependimento.

E para fechar, anote ai: vou perder 10kg nos próximos 3 meses, valendo a partir de já!

Para não pagar mico meu plano é "simples":

1 - vou corrigir minha alimentação
2 - me inscrever em um grupo de corrida (run forrest gump !)
3 - e fazer fortalecimento muscular em uma academia

Moleza, não ?! ... O tempo dirá.

Já que me comprometi, vou dar uma de Fantástico da Globo, e vou publicando novos posts contando a evolução do meu preparo físico. Vide ao lado na categoria SAÚDE.

É isso! Fico por aqui... e deixo vocês com minha cara depois da consulta de hoje..


domingo, 15 de abril de 2012

SP - Rio Claro & Acessórios

São Paulo, 15 de abril de 2012


Arrumei a Cavala para festas com suas malas laterais e mala de tanque. Meu objetivo era experimentar novamente a estrada com a moto mais "pesada" e aproveitar o passeio para ir até Rio Claro - conhecer a Motopoint (
http://www.motopointrc.com.br/). Liguei na véspera avisando da minha ida, já separando alguns acessórios e reservando horário na oficina.

Sábado às 7am, eu e ela seguimos meio sonolentos pela Marginal Pinheiros rumo a Bandeirantes. Esbarramos logo no inicio com o mau humor de São Pedro com uma chuvarada repentina nos obrigando a parar embaixo do primeiro viaduto - nós e mais uma meia dúzia de motoboys. Capa de chuva colocada, seguimos devagar rumo ao desjejum no primeiro Frango Assado da Bandeirantes.

A chuva realmente tira minha coragem. Fico pilhado olhando os rastros dos carros no asfalto - quase que sem piscar - preocupado com manchas de óleo, buracos, e poças que pudessem nos tirar do nosso caminho. Mas realmente esta estrada faz jus a sua fama de ser uma das melhores do Brasil o que facilitou muito nosso percurso. A chuva acalmou, a pisca secou nos permitindo acelerar em um galope macio sem compromisso.

Rio claro fica quase a 200km de São Paulo. Um tiro de 2hrs e por volta das 9:30 chegamos tranqüilos ao nosso destino - a oficina do Bernard. A Motopoint é uma oficina referência não somente para o povo da região mas também para o povo de São Paulo e cidades vizinhas - não só pelo serviço e bom atendimento, mas principalmente pela variedade de acessórios e peças desenhadas e fabricadas por eles. Coisa de alemão com qualidade de alemão.

Assisti a todo serviço tomando café da manhã e batendo papo com outros proprietários de BWM que assim como eu estavam ali - na espera de suas parceiras de estrada. Em uma hora, colocaram todos acessórios na Cavala - os que considerei indispensáveis para viagem ao Atacama: protetor de potenciometro, protetor de cilindro com suporte para os pés, protetor de carenagem, trava de acelerador (cruise control), batente tele lever, protetor de radiador e de farol.

Na volta, peguei novamente a Bandeirantes rumo SP parando para almoçar no Serra Azul.  Logo depois saimos na altura de Jundiaí em direção a Mairiporã pela SP 332. Este foi meu destino final do dia, encontrando minha esposa e filhos no Hotel Refúgio Cheiro do Mato - fantástico por sinal (
http://www.refugiocheirodemato.com.br/) . Cerveja pra lá, piscina pra cá.. o dia encerrou familiar, tranquilo, despreocupado - com a cabeça leve, feliz,  e na expectativa de colocar novamente a Cavala na estrada.

O retorno para casa se deu no domingo (dia seguinte), jogo rápido.. em menos de 45 min pela Fernão Dias já cheguei para sentar no meu sofá, sossegado e assisti Vasco 3 x 1 Nova Iguaçú (ahh que alegria. Gosto muito!).

Antes de fechar, gostaria de adicionar algumas impressões "técnicas" finais. Rodei hoje 450km - o equivalente a uma RJ - SP. Mas que diferença comparado com minha primeira aventura com a Tenere 250 (a Magrela) pela Dutra! Hoje cheguei inteiro, com nenhum desconforto. Cheguei com a sensação de que se necessário rodaria mais uns 400km, sem titubear.. Realmente a Cavala é muito confortável em todos os sentidos. Testei também meu recém adquirido protetor de Coluna da Dainese - um conforto a mais para minha lombar dado que o protetor trava a minha cintura, fazendo o papel que meu abdômen (de geléia) deveria fazer ajudando a segurar minha carcaça de elefante. fantástico. É... hoje o dia foi perfeito!

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Na Rod. dos Bandeirantes, que estrada perfeita!
Nenhum buraco ao longo de todo o percurso.

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Testei hoje minha mala de tanque (comprei na Gift). Muito boa!
Nela coloquei o mapa do percurso e algumas tralhas pessoais internamente.
Usei também o GPS que uso no carro, mas nesta posição ele fica horroroso. 
Primeiro pelo reflexo do sol, e segundo pela posição que
te obriga abaixar a cabeça, nada seguro por sinal.


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Cheiro de estrada, sabor de liberdade!

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Coloquei um rock n´roll no meu iphone e fui com música aos
 berros por dentro do meu capacete. Perceba o fiozinho branco
abaixo do meu queixo... Nota dez!


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Performance honesta da Cavala.  Com a mão mais leve.. o computador marcava 19km/L.
Já com a mão mais pesada, ela ficava mais gulosa
piorando o consumo para 15Km/L.


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No cavalete da Motopoint instalando os acessórios.
Muito bom o atendimento! Parabéns Bernard!


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Os caras fabricam várias peças e acessórios entre eles malas como estas aí.
Uma boa opção mais em conta do que as originais da BMW



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Na saída da oficina, perceba ela toda enfeitada,
sorridente e feliz.


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Novamente na Rod. Bandeirantes - retornando rumo a Mairiporã.
Na volta experimentei o apoio de pé e a trava de acelerador,
realmente funcionam muito bem.




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Já em Mairiporã, chegando no Hotel Refúgio Cheiro de Mato.
O hotel fica de cara para represa,  no meio do mato - muito bacana.


Ponto final no percurso, com quase 450km rodados. Belo passeio!

Parei para almoçar no Serra Azul - na Rod. Bandeirantes, de novo
esbarrei com as várias tribos de todos os tipos, gostos e tamanhos


Visual da mesa de almoço, vista para estrada. Neste "shopping"
tem uma loja estilo "outlet" com vários roupas e acessórios de moto.
Vi algumas jaquetas com 50% do preço...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Planej. Viagem Atacama - Parte 1

Faz 4 meses que iniciei o "Projeto Atacama", e de fato muita coisa ocorreu desde então:

- comprei a magrela (tenere 250cc), minha 1a moto;

- aprendi a andar de moto;

- tirei habilitação;

- comprei os primeiros itens de proteção;

- passei a usar moto no meu dia-a-dia para o trabalho;

- fiz upgrade de moto da"Magrela" para "Cavala" - uma BMW R1200GS - entregando o carro da minha Esposa como parte do pagamento

- e acumulei uns 2.000 km entre pequenos passeios e pequenas viagens, incluindo uma RJ-SP pela Dutra.

Já me sinto bem adaptado ao mundo sob 2 rodas, apesar da pouca experiência e pouco tempo.  De fato, o dia-a-dia de moto no trânsito acelera bastante esta adaptação, além de acrescentar em muito "qualidade de vida" com horas incontáveis "ganhas" no trânsito de SP. Por outro lado, estou ciente do maior risco que isto também representa. Como tudo na vida, para se ter algumas coisas, abre-se mão de outras.

Meu projeto segue acelerado e pretendo nos próximos 2 meses fazer o seguinte:

- acumular mais uns 3.000 km rodados, principalmente no dia-a-dia e em pequenos passeios de fim de semana;

- fazer o BMW rider training (já agendado para 6 de maio) - afinal tenho somente conhecimento básico, com pouca técnica e teoria;


- equipar a Cavala com alguns itens "obrigatórios" (protetores de motor, trava de acelerador, e coisas do tipo) - e para tal pretendo em breve dar um pulo em Rio Claro - em um alemão que fabrica e monta as próprias peças ==> http://www.motopointrc.com.br/motopointrc/index.php

- fazer upgrade dos meus esquipamentos de proteção (calca, bota, luva,  capacete, etc) - afinal tudo que tenho até o momento é vagaba, sendo bem útil
para o dia-a-dia porém ineficaz em grandes trajetos e longas distâncias;

- iniciar minha preparação física - esta talvez a parte mais difícil do meu projeto. Sei que não é mandatário estar em forma - já li sobre vários caras de todos os pesos e tamanhos fazendo tal percurso, mas entendo que quanto mais em forma, maior a resistência e por consequência menor o "stress" com as longas distancias e cansaço físico;

- buscar me enturmar nas tribos de motociclistas em busca de formar o pequeno grupo de viagem e avançar no desenho do roteiro. E sobre este último ponto recentemente tive uma boa noticia.

Um amigo de infância (Ricardo) que também reside em SP - de tanto eu falar sobre o projeto na cabeça dele - topou participar desta empreitada e também comprou uma moto (BMW F650 GS). E neste último domingo abrimos um vinho e começamos a plotar no Google maps o primeiro esboço do nosso percurso.

Ele - assim como eu - também gosta muito das pesquisas, das leituras de blogs, da coleta de informação, da montagem de planos... Ahhh o que seria das nossas vidas sem uma planilha excel para catucar e refletir nossas analises e projeções !! :))))


Neste primeiro esboço, nos baseamos em todas as leituras de blogs que fizemos recentemente pela internet. Para quem não anda de moto, este plano parece um projeto "do outro mundo". Mas é impressionante a quantidade de gente - de  todas as idades - que todos os anos curte de moto este belo percurso. Teste aí: entre no Google e digite "viagem de moto", ou "de moto para o Atacama" e por aí vai.

Me baseei muito também em um bate-papo recentemente que tive com outro amigo de SP que fez duas vezes esta viagem (obrigado pelas dicas Fábio !). Vejam aqui o blog da sua ultima viagem (http://carnavalnoatacama.blogspot.com.br/)

Percebi que existem pelo menos 3 "rotas/percursos principais" que o povo escolhe para ir ao Atacama com variações de trechos, obviamente:


1 - o mais "curto": ida e volta pelo extremo norte da Argentina. Atravessando a fronteira do Brasil por foz do Iguaçu, seguindo pelo norte da Argentina beirando a fronteira com o Paraguai,  passando por Corrientes,  Salta, atravessando a cordilheira, seguindo para San Pedro do Atacama, indo até Antofogasta bater foto da tradicional "mão" encravada na estrada e pegar caminho de volta por variações do mesmo percurso da ida - totalizando uns 7.000 km até São Paulo. Tempo necessário +/- 12 a 15 dias.

2 - o segundo percurso é uma derivação do primeiro, porém no retorno o povo segue de Antofogasta para Santiago do Chile, depois para los Andes, cruza a cordilheira de volta para Argentina, toma uns vinhos em Mendonza e segue de volta em direção a foz do iguaçú e depois São Paulo.  Neste caso o percurso cresce mais uns 2.000km, totalizando uns 9.000km - exigindo uns 15 a 17 dias. Gosto muito desta opção, inclusive.


3 - já o terceiro é mais "radical" cruzando por 5 fronteiras: o povo vai para o norte do brasil e entra no Peru pelo Acre, visita machupichu - terra dos incas - cruza Bolívia, e desce rumo sul entrando no chile ate o Atacama. Ja na volta pode ser pelo percurso 1 ou 2 acima. Neste caso a viagem da uma boa esticada para uns 10 mil km. Sendo necessário mais de 20 dias de viagem.

Já meu amigo Ricardo está tentando me convencer a adaptarmos o trecho 2 acima, esticando a volta a partir de Mendonza seguindo até a Buenos Aires e depois de ferryboat até o Uruguai, e na sequência subindo pelo Rio Grande do Sul, rumo a SP. Seria show. Mas to votando contra, pois seria necessário uns 20 a 25 dias - o que, no meu caso, seria impossível. Esta opção somente é válida pra mim se cortarmos a viagem "nas pontas" embarcando as motos na ida (em Foz do Iguaçu) e na volta (a altura de Porto Alegre), na tentativa de encurtar uns 3mil km - trazendo novamente o percurso para uns 17 dias... Quem sabe..

Depois da primeira garrafa de vinho e muito debate, as teses acima foram as melhores que conseguimos desenvolver. Em breve postarei aqui mais detalhes sobre o roteiro.

"Pre-agendamos" a data da nossa partida para 15nov2012, mas é claro que muita água ainda vai rolar por baixo desta ponte. E o prazer esta justamente aí. Afinal, os caminhos percorridos para se chegar até o dia da partida representam uma viagem tão boa quanto a viagem em si, não é verdade?

Me inscrevi recentemente em um fórum de discussão onde descrevi um breve resumo do plano de viagem em busca de opiniões e sugestões de amigos virtuais mais experientes - os quais desde já agradeço pelas contribuições.

Acompanhem por aqui o post desta "discussão":


http://www.motonline.com.br/forum/forum_posts.asp?TID=21682&title=sp-atacama-nov2012-d-sua-opinio



Primeiro esboço da viagem - em um bate-papo com o Fabio,
em um chopp no Jonnie Wash
(http://johnniewash.com.br/)


sexta-feira, 6 de abril de 2012

SP - Boituva

São Paulo, 6 de abril de 2012
 
 
Amanheci montado na Cavala, e às 8am já estava tomando café da manhã em uma padaria na Aldeia da Serra, belo vilarejo colado em Alphaville - distante 30km de SP.
 
Hoje o passeio foi até Boituva - cidade que fica a 130km de SP. Um amigo foi saltar de paraquedas e resolvi “escoltá-lo” até seu destino final. Nosso ponto de encontro foi no Graal da Rod. Castelo Branco - o que se deu por volta das 9am.
 
A ida foi um tanto que enrolada e demorada. O feriado da paixão fez com que metade de São Paulo fosse para estrada se embolar no engarrafamento - nos obrigando a vir manso cortando pelo corredor. Percorremos uns 30 minutos por ali... calculo que os infelizes engarrafados de carro devem ter levado umas 3 horas no mesmo trecho. É.. O Paulistano rala para poder curtir os feriados.
 
Ainda não me acostumei com esse lance de andar pelo corredor. Vim com um olhar vidrado - quase que sem piscar, atento a tudo e todos, sempre tentando me antecipar aos movimentos dos motoristas desatentos pelo caminho - e eles são inúmeros! O tempo todo me lembrava do antigo proprietário da Cavala me contando sobre seu último acidente... Foi justamente assim: em um feriado, pelo corredor, quando um desavisado mudou de faixa de forma repentina derrubando-o no chão... resultado: Lona! +3 costelas quebradas e algumas semanas de molho. No meu caso não tomei susto dado que vim manso, sem pressa e devagar.
 
Uma vez vencido o transito, aceleramos na estrada livre para rapidamente chegar ao nosso destino. Boituva é conhecida pelo seu centro de paraquedismo com inúmeras escolas para todos os gostos e estilos. Fiquei muito atentado para fazer um salto em dupla! Quem sabe eu me aventure em breve. Porém, mais uma vez meu alvará era curto e venceria na hora do almoço, o que me obrigava a rapidamente pegar meu rumo de volta para SP - dando tempo somente para um pipis e uma coca. 

Mas a Cavala deu show na volta! Estrada vazia, limpa, linda..    várias pistas para acelerar à vontade. Não vou contar a velocidade (segura) que atingi na volta...  – afinal tem amigos e amados lendo este blog – e corro o risco de tomar muito esporro logo na sequência. Fato é que se levei 2 horas para ir..   levei 1 para voltar. A Cavala galopou solta, firme,  colada no chão, sem se abalar com o vento contra que nos empurrava pra trás.

Ao chegar, assumi meus deveres de pai levando meus filhos ao zoológico..  – rendendo minha esposa e pagando pelo meu alvará. Mas à noite fui coroado! Minha esposa tomou coragem e topou montar na Cavala para me acompar para uma cerveja sem culpa em um barzinho em Moema. Rock´n roll pra lá e pra cá...   e voltamos pra casa energizados e tranquilos.

PS1: Só um detalhe que fica aqui entre nós: A Cavala veio mansa à noite, sem pressa – sem passar dos 60km/hr..  mas ela (minha esposa) veio na garupa me beliscando na barriga, me chamando pelo nome e sobrenome (igual a minha mãe fazia) - com algumas palavras delicadas me "pedindo" para desacelerar...      J  faz parte. Uma passo por vez! Dormi feliz.
PS2: ...to postando sem foto, pois meu filho (não sei qual deles) sumiu com meu celular..  e as fotos estão lá.. - assim q achar, atualizo o post anexando detalhes do dia.  Achei!!! o picaretinha do caçula guardou meu iphone na mochila dele, para levar para escola. J 

Logo após café da Manhã em Aldeia da Serra, indo para
o Graal na Castelo Branco

Chegando em Boituva


Chegada em Boituva - no campo de paraquedismo


Campo de pouso e decolagens




Primeira vez da minha esposa na Cavala - indo
para um barzinho e Moema


domingo, 1 de abril de 2012

SP - Bertioga (Primeiras impressões sobre BMW R1200GS)


São Paulo, 1o de Abril de 2012.


Acordei cedo e levei café da manhã na cama para minha esposa. Café de coador de pano (como minha mãe há muito me ensinou) e pão com requeijão, do jeito que minha esposa gosta. Depois negociei meu alvará de domingo de manhã. Afinal precisava muito colocar a Cavala (BMW R1200GS) na estrada para testar nossos limites.


Tenho testado-a nestes últimos dias no trânsito de São Paulo, é verdade. Mas para confirmar minhas primeiras impressões precisava de uma esticada mais longa experimentando sua principal vocação. E assim o fiz. As 8am de um Domingo meio nublado lá fomos nós para Rod. dos Imigrantes para um "bate-volta" até Bertioga. Meu alvará venceria ao meio dia – e precisava voltar pontualmente para apoiar minha esposa com as crianças – senão ia dar M.

Temperatura agradável (18 graus), estrada vazia, limpa, sem buracos, quatro pistas "infinitas" e livres perfeito para testar o galope suave da Cavala sem sustos. Fui sozinho novamente – afinal, ainda sou um motoqueiro sem tribo.

À medida que avancei várias analogias com passeios à cavalo me vieram a cabeça trazendo boas recordações de anos recentes. A força desta moto, a estrutura, o peso, a robustez e ao mesmo tempo sua docilidade me lembraram muito meu já falecido cavalo "Baião" - um Campolina puro de raça, forte e grande, parceiro e amigo de longas cavalgadas e trilhas.
O bicho tinha um galope suave com a cabeça erguida e orelhas apontadas pra cima e com uma ligeira catucada nas rédeas ele acelerava ainda mais o passo, seguro, tranquilo, sem titubear, como se tivesse sempre um "algo a mais" para mostrar, sem limites.

Minha sensação montado na Cavala foi à mesma. O conta-giros nem chegava no meio e a bicha vinha calma, mansa, a 120km/hr. Uma catucada no acelerador e ela facilmente esticava a 130km..140km.. Sempre mostrando que tinha um "algo a mais" guardado. Amarelei para ir além disso – afinal, fiz promessa em casa jurando andar sempre tranquilo, sem abusar. E assim o fiz, mantendo minha velocidade cruzeiro em média entre 110 - 120km/hr.

Em cada curva, em cada acelerada, era como se uma injeção de liberdade fosse também injetada no meu sangue. Fantástica esta sensação. Minha cabeça veio como um toca-discos repetindo músicas em sequência: Infinita Highway (Engenheiros do Hawaii), Free Birds (do Lynard Skynard), Hotel California, etc.
Minha principal conclusão sobre a Cavala eu resumo em uma única frase: é simplesmente muito difícil colocarmos defeito nela. Tudo bem que ainda estou na fase do “apaixonado com namorada nova”,faz parte. Mas vou embasar um pouco mais esta tese.

Primeiro, destaco sua estabilidade reagindo firme contra ventos, turbulências e buracos. Segundo, sua força e docilidade -sempre te permitindo ultrapassagens seguras e firmes. Terceiro, seu sistema de freios e suspensão - te permitindo frenagens fortes (se necessário) sem desestabilizar a pilotagem. Minha sensação era de que ela me corrigia nos pequenos erros (nas curvas e frenagens) meio que sempre compreendendo e se antecipando ao que eu queria fazer - como meu velho cavalo Baião o fazia.

E o conforto? Neste quesito então nem se fala. Como citei em meu último post, trata-se do conforto de uma poltrona no Kinoplex. Seja pelo banco largo e macio que te“veste”, ou pelo motor bicilíndrico e sua baixíssima trepidação ou por fim pela sua grande bolha que desvia (quase) todo vento do seu corpo. Imbatível. Até no consumo ela se saiu bem com seus 20km/l marcados no painel de controle.

O resultado foi que andei por 4 horas e 270km, tranquilo, seguro em todas as curvas, em todas as frenagens, em todas as ultrapassagens. Zero susto. E para encerrar o capítulo “Análise Técnica feito por um calouro” atrevo-me a falar mais um “absurdo”: a BMW R1200GS é uma moto "perfeita" para iniciantes apesar dos seus 1200cc e muitos cavalos. Logo esqueça este tal papo de que “é muito motor para pouca experiência”.

Mudando um pouco o capítulo, outro ponto que me chamou muito a atenção diz respeito às diferentes tribos que encontrei pelo caminho. Esbarrei com várias delas e mais de uma centena de motos ao longo das 4 horas de passeio. Todos os estilos, todas as idades, todos os sexos e todas às cilindradas. Categorizei várias delas pelo caminho.

Primeiro vem a tribo "dos Tiozão" e suas Customs (Harley, Boulevards, Shadows, etc) - casacão de couro, barba por fazer, alguns de bandana por baixo do capacete, navegando tranquilo sem pressa. Quem sabe me junto a eles um dia.

Tem também a tribo dos “Zé Farofa” e suas motinhos de 125cc com namorada na garupa (normalmente feia e com a calcinha aparecendo no traseiro) andando a 105km/hr e motor esgoelando.

Encontrei também a tribo dos “meia-idade em busca de um Hobbie”. Estes andam em grupos de motos misturadas. BMWs, Nakeds, Harleys – motos em geral acima das 600cc.. andam na faixa entre 120km/hr e 140km/hr e são de todos os sexos e idades. Acho que me encaixo neste perfil.

Por fim, impossível não notar a tribo dos “viciados em adrenalina” e suas bikes nervosas (speed). Estes andam sempre em grupo, equipados como um Jaspiom, sempre acima de 200km/hr batendo pega como em uma prova de moto velocidade, destas que você vê no Sportv aos domingos. E sobre estes, vou escrever mais uma tese.

No meio do passeio, já no meio da RJ - Santos, vinha eu e minha Cavala cruzeirando nos 110km/hr quando percebo no retrovisor uns pontinhos luminosos acelerados e nervosos. Em questão de segundos me ultrapassaram em um zunido agudo. Zim, zim, zim... – eram 6 da tribo dos Jaspions. “Devem estar a uns 220km/hr”, calculei.
“Andam como se estivessem em um videogame e pudessem dar reload na vida”, pensei.
Batata!!! Minutos depois percebo os carros na outra pista piscando farol me alertando para perigo à frente. Reduzo a velocidade e vejo o mesmo grupo de Jaspions parados olhando para o mato e fazendo sinal para quem vinha. Parei de curioso para entender. Conclusão: um deles errou a curva e passou reto capotando entrando uns 60 metros mato adentro (ou morro abaixo). Nenhuma marca de frenagem no asfalto, porém um rastro monstruoso cavado na terra com alguns restos de moto espalhados pelo caminho. “Se esse cara estivesse sozinho na estrada, ali ficaria”, pensei. Afinal seria impossível perceber que ali havia ocorrido um acidente.

Em questão de minutos chegaram ambulância, bombeiro, polícia e vários como eu que buscavam entender e ajudar no que fosse necessário. Em alguns minutos, aos gemidos, o Jaspiom foi tirado do mato já estabilizado em uma maca. Todos juntos ajudamos dando as mãos e puxando ele e os bombeiros dado a inclinação do barranco.

“Ele teve sorte”, disse a paramédica. “Quebrou alguns ossos, mas nada importante. Vai viver. O protetor de coluna o salvou”, disse ela. Pensei na mesma hora na qualidade do meu equipamento e me senti pelado e desprotegido com minha calça jeans e bota de cano curto. Outro ponto que me chamou atenção foi a ausência de sangue. Não vi nenhuma gota sequer. Ou seja, realmente o bom equipamento salva vidas. E a sorte também. Afinal, o cara passou rolando entre placas de sinalização - e se fosse um metro para um lado ou para o outro o corpo dele explodiria na base da placa, dado a velocidade.
Fiz questão de assistir na íntegra o resgate e tirar várias lições e aprendizados deste episódio.
É claro que pensei no fato do risco que corri andando sozinho, o que deve ser evitado. Pensei muito nos equipamentos de segurança que preciso (logo) fazer upgrade, e principalmente, transformei o meu “frio na barriga” –> no meu “shock de realidade” servindo como uma “marca do respeito”.
Que eu me recorde sempre deste dia e dos gemidos do cara quebrado... pois só assim saberei respeitar meus limites e manter o respeito necessário para seguir adiante com meu projeto - pois afinal de contas, preciso estar sempre ciente do real risco que esta aventura também representa.

Eu e minha Cavala - parado no Frango Assado, no início da Imigrantes



Uma das tribos que esbarrei pelo caminho


Mais uma tribo

Local do acidente. Na curva, ao fundo,
foi onde o Jaspiom passou reto 

No canto a direita, o povo olhando pro mato procurando o acidentado.
Repare a placa de sinalização. O cara passou "capotando" ao lado dela.


repare o rastro "de meteoro" que o cara deixou no mato.

Ponto de encontro das tribos em uma pastelaria em Bertioga.
Parei também para experimentar um pastel gigante de carne com queijo

Parada final para um Pips na Imigrantes